Passo apertado, sem medo
Sem traço, compassado
Espera, quieto …
Algo, Alguém, Ninguém
Um todo que tarde começa
Sem pressa.
Aparência tarda,
Desejo aperta,
Vontade desperta!
Primeiro olha,
Mais tarde experimenta,
Inquieta o desespero
Mas nada se vê…
Forte (aparentemente)
Débil internamente
De olhar preso e
Palavras grossas.
Deambula num intelecto
Próprio, numa estrada paulatina
Imaginaria.
Guarda para si o intimo
Nenhum lhe conhece a mente
Que rasga, que reage, que sente.
Num dia, sem nome,
Numa hora sem demora,
Rasga-se o Ser, do Parecer
Conta-se baixinho o que se viu,
Entre uma lágrima escondida
Ou um grito que se ouviu.
Catarina Portela
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