Se de sonhos, a vida é feita
Adormeço então perto do chão
Encostada ao frio que me cansa
Amparada pela revolta de um não
Te puder ver, na plenitude do teu ser
- Não me deixes agora,
- Não partas de vez!
O silêncio do Adeus aparece inquieto
As palavras histéricas entoam parvas,
Não me largam, não me deixam
Não se apagam com meras águas
limpas...
A mente, que de tão machucada
Apenas sente,
A dor de ver fechado um pedaço de carne
Que arde quieto sem dó ou piedade!
Não se vê o ar findar,
Não se vê o breu fechado em madeira
Não se sabe se a luz vai brilhar...
Ou se esmorece com a poeira.
Esfria-se o espaço,
Enquanto a vida se esquece,
Que um dia respiraste!
Que um dia sofreste!